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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cerca de 500 brasileiras foram vítimas do tráfico humano


A maioria delas é de Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul. A maior parte tem como destino Holanda, Suíça e Espanha. Governo admite falhas.

Cerca de 500 brasileiros foram vítimas do tráfico de pessoas em seis anos. Os dados foram divulgados ontem num diagnóstico preliminar sobre o tráfico de pessoas no País elaborado pelo Ministério da Justiça e o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc). Desse total, 337 casos, que representam mais de 70% dos registros preparados de 2005 a 2011, referem-se à exploração sexual. 

Mais 135 ocorrências tratam de trabalho análogo à escravidão. Os números revelados pelo documento podem ainda estar distante da realidade no Brasil. O secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, admitiu que o registro de tráfico de pessoas ainda é deficiente no País, principalmente, porque as vítimas deixam de se apresentam ou de se reconhecer nessa situação.

O levantamento mostra que a maioria dos casos foi registrada em Pernambuco, Bahia e Mato Grosso do Sul. De acordo com o diagnóstico, a maior parte das vítimas brasileiras tem como destino a Holanda, Suíça e Espanha. O Suriname, que funciona como rota para os Países Baixos, dos quais foi colônia até a independência em 1975, é a nação com maior incidência de brasileiras e brasileiros vítimas de tráfico de pessoas, com 133 episódios; seguido da Suíça, com 127.

Na Espanha, o número de vítimas chegou a 104 e, na Holanda, a 71 pessoas. A estratégia brasileira para combater o tráfico de pessoas tem se baseado em campanhas de conscientização e numa rede nacional de apoio às vítimas. De acordo com o Ministério da Justiça, o Governo federal vai anunciar, nos próximos dias, um pacote de medidas para o enfrentamento ao tráfico de pessoas. A Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República recebeu 76 denúncias de tráfico de pessoas em 2010 e 35 em 2011. (das agências de notícias)

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