Rio -  Wellington Muniz, o Ceará do ‘Pânico na Band’, ainda não digeriu bem a decisão judicial do SBT, que proíbe o humorístico de exibir a imitação do apresentador Silvio Santos. Para protestar, no último domingo, toda a trupe do programa se vestiu de preto e fez um enterro simbólico do personagem. O SBT já estuda uma nova ação contra a emissora concorrente. Silvio entrou na justiça contra a atração depois que Ceará apareceu dublando-o e dizendo palavrões.

“Não sei se esse é o verdadeiro motivo do processo. Talvez não seja só por causa dos palavrões. Pode ser a ameaça da nossa concorrência. Domingo é um dia acirrado, com todo mundo competindo”, insinua Ceará. “Como eu posso fazer uma piada durante nove anos e, do nada, ele me impede de fazer isso? Quando você não gosta da brincadeira, repele na hora. Silvio, inclusive, me deu autorização para homenageá-lo”, protesta o humorista.

Ceará também lembra a ótima relação que tinha com o dono do SBT quando o ‘Pânico’ estava na antiga emissora, a RedeTV!. “Participamos várias vezes do ‘Programa do Gugu’ antes de ele ir para a Record. Fomos ao ‘Troféu Imprensa’, ‘Qual é a Música?’. Sempre foi uma relação bacana”, recorda.

Sobre o ‘velório’ do personagem, Ceará espera que o departamento jurídico da Band resolva a questão, mas lembra que eles não citaram o nome de Silvio durante o ‘funeral’. “Foi uma brincadeira. Não usei a peruca nem o microfone, apenas a dentadura, que também é do personagem. Aquilo foi uma piada”, desconversa.