Com o semáforo fechado, aos poucos elas vão chegando e se acomodando na frente dos carros, bem pertinho da faixa de pedestres. Ao abrir o sinal, saem em ponto de bala, formando grandes grupos até se dispersarem novamente no caminho. Bastante presentes nas ruas, as motocicletas prometem ser maioria nas vias brasileiras, é o que prevê pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em Pernambuco, nesses seis primeiros meses de 2011, o Detran/PE já registra emplacamento de mais motos do que carros.
O estudo do Ipea intitulado “A mobilidade urbana no Brasil”, divulgado em maio deste ano, aponta que a procura por sistemas de ônibus urbanos teve uma queda de 30% na última década. Entre os motivos, está o encarecimento das tarifas, pouco conforto e falta de segurança, o que têm estimulado as pessoas a procurarem alternativas para o deslocamento. Segundo a pesquisa, em 2008 foram vendidos no Brasil cerca de 2,2 milhões de automóveis e 1,9 milhão de motocicletas. Mas a previsão é de que, em 10 anos, a partir de 2012, a compra de carros cresça em media 9% ao ano e a motos, 19%.
Em Pernambuco, nos seis primeiros meses de 2010, 36.487 carros foram emplacados e 46.590 motos. Já em 2011, no mesmo período, 39.041 automóveis foram emplacados e o número de motos subiu para 50.425 emplacadas. O diretor da Pernambuco Motos, revenda Honda, Erasmo Almeida, explica que as pessoas, impulsionadas pelo aumento da renda, estão comprando mais motos pela facilidade de crédito e a sensação de liberdade que a motocicleta proporciona. “Na revenda, as motos mais procuradas são as populares de 125 cc e 150 cc. As vendas, em relação ao ano passado, aumentaram em 20%”, frisa.
“Um país sobre duas rodas”, é assim que o proprietário da Moto Via, revenda Yamaha, Fernando Hunca, enxerga o potencial brasileiro para a venda de motos. Segundo ele, a marca cresceu 12% em relação ao ano passado e inclui na lista dos benefícios a economia de manutenção e combustível, facilidade de estacionamento, o uso do veículo como ferramenta para trabalho e até a utilização da moto como segundo veículo da casa, depois do carro.
Apesar da não-obrigatoriedade do emplacamento, as cinquentinhas também estão bastante presentes nas ruas. De acordo com o proprietário da Bravax, Enéas Vanderlei, as vendas aumentaram em 150% em relação ao ano passaodo. “As pessoas optam por adquirir as cinquentinhas pelo baixo valor de custo, menor do que as motos emplacadas. Também porque não é necessário carteira de habilitação, Por ff
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