Programa de Fátima Bernardes estreia gelado e alcança 10 pontos

 
Janaina Nunes | Em Off

Ao contrário do que muita gente pensou, o programa "Encontro com Fátima Bernardes" começou gelado. A atração de estreia iniciou falando de adoção, medo de avião e depilação. São três temas curiosos, mas cadê a notícia? O quente do programa? Nem parecia segunda-feira na Globo. Claro,  foi apenas o primeiro de muitos e alguns acertos deverão ser feitos, mas quem viu o programa de Fátima (que estreou com 10 pontos contra 7 do SBT e 6 da Record) nesta manhã poderia ter mudado tranquilamente de canal para ver o que estava passando em outras emissoras e voltar para a Globo sem perder nada.

 

Um outro problema é o excesso de gente na atração. Dois repórteres, dois humoristas, uma mediadora, dois convidados (entre eles o ator Bruno Gissoni), além de Fátima. Todos sentados ali na plateia, que, aliás, estava também muito fria. Para se ter uma ideia, Gissoni ficou um tempão no programa e pouco falou. Enfim, a primeira uma hora da atração parecia muito engessada. Neste quesito, Silvia Popovic, que já fez um programa semelhante na Band, ia muito melhor, pois trazia dinamismo e um certo tom polêmico para sua atração sem ser sensacionalista.

 

William Bonner e parte da equipe do "JN" deram uma "palhinha" na atração. Fátima, então, perguntou: "Quais são as notícias hoje do 'Jornal Nacional'?". Bonner deu uma enrolada básica, falou da situação do Paraguai e do Egito e também do mensalão, mas, gente, dificilmente às 10h30 se tem manchetes de um jornal noturno, né? Ele avisou que a reunião de pauta seria feita depois do programa dela...

 

O programa melhorou em sua reta final. Trouxe um depoimento de Tony Ramos falando de depilação, que fez por sugestão da mulher para sentir menos calor. "Mas nunca tive problemas com meus pelos", frisou o ator.  Mais solta, Fátima justificou que notícias não são só aquelas nacionais ou internacionais, mas sim o que ocorre também no nosso dia a dia. "Nas rodinhas de amigos surgem muitas notícias". OK. Mas a gente estava acostumado com a Fátima no "Jornal Nacional" que é justamente um jornalístico. Ninguém queria que ela fosse a mesma, mas também não precisava ser tão diferente.