O distrito "Canto de Moça" no município de Ielmo Marinho registrou intensa movimentação durante a tarde/noite deste domingo (17). Um vereador e um policial da cidade se envolveram em uma discussão que acabou em tiros disparados. A confusão no local há 50 quilômetros da capital não deixou feridos. O policial Heverton Pereira da Silva acusa o vereador Júnior Nunes Cabral de ter sacado uma arma de fogo e atirado contra ele, após o soldado tentar apreender um aparelho de som do irmão do político. Já o vereador alega, através do advogado, que a questão envolve discussões políticas e que não tinha intenção de ferir o praça.
A discussão teve início após um chamado da população que reclamava da intensidade do som que vinha do carro do irmão do vereador "Júnior do Mercadinho", como é conhecido. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o soldado Heverton esclarece como respondeu a ocorrência. "É recorrente que haja reclamações por causa do paredão de som do irmão do vereador. Na semana passada, já havia ido lá e pedido para baixar. A saída, dessa vez, foi apreender o veículo", disse.
O praça conta que foi agredido pelo político e revidou. "Foi quando vi que um revólver dele tinha caído no chão. Ele apanhou e disparou duas vezes contra mim. O que me salvou foi o coldre do carregador", relatou o policial que não registrou ferimentos graves. Após os disparos, o soldado contou que procurou abrigo na casa de populares e viu o vereador fugir do local em seu carro. "Depois, chamei reforço e equipes do Grupo Tático Operacional e Batalhão de Choque e eles vieram prestar apoio aqui", disse.
A versão apresentada pelo policial é contestada pelo advogado do vereador, Fábio Hollanda. Em contato com a reportagem, o advogado negou os pontos apresentados. "O vereador foi xingado na frente de 200 pessoas. Tenho 200 testemunhas para provar o que estou dizendo. E os tiros efetuados não tinham intenção de ferir ninguém", afirmou. De acordo com Hollanda, Júnior do Mercadinho foi agredido diversas vezes por chutes e socos, quando decidiu revidar. "Ele sacou a arma e disparou para o chão".
Fábio Hollanda informou que irá representar contra o soldado na Corregedoria da Polícia Militar e tomar as providências cabíveis para tentar transferi-lo da cidade onde está lotado. "É lamentável que se use a polícia para fazer política", opinou Hollanda. O advogado esclareceu que, apesar de arma ser registrada, o vereador não possui porte de arma de fogo. Acrescentou também que o seu cliente será apresentado às autoridades nesta terça-feira (19), após ser livrado o flagrante.
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