ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
A bacharel em direito Elize Matsunaga, 30, chegou a ter seu carro parado pela Polícia Militar Rodoviária de SP quando estava transportando em três malas o corpo esquartejado do marido, Marcos Matsunaga, 42, morto por ela no dia anterior.
DE SÃO PAULO
A multa foi aplicada na região de Capão Bonito (226 km de SP), quando Elize, que seguia para o Paraná, onde pretendia jogar as partes do corpo de Matsunaga, se arrependeu da viagem por causa da filha de um ano e voltou para São Paulo.
Cópia de multa aplicada a Elize na noite em que ela teria transportado as partes do corpo do marido
Depois de ser parada pelos policiais militares rodoviários e não ser descoberta por transportar o corpo do marido esquartejado, segundo Elize disse à polícia, ela resolveu jogar as partes em Cotia (Grande São Paulo). Depois, ela voltou para o apartamento do casal, na Vila Leopoldina (zona oeste de SP), onde as câmeras de segurança a flagraram sem as malas, por volta das 23h53.
Ela contou à polícia ter jogado as três malas vazias em uma caçamba de entulho, na região da USP (Universidade de São Paulo). A polícia informou não ter mais esperança de encontrar as malas porque elas eram novas e devem ter sido levadas por alguém.OUTRO LADOEm nota, o Comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo disse que Elize foi, de fato, abordada na base localizada em Capão Bonito e que o licenciamento do veículo estava vencido há 20 dias.
No entanto, destaca que a princípio, "as abordagens realizadas pelo policiamento rodoviário são de orientação administrativa" e que "no ato da abordagem, havendo motivos que ensejem uma fundada suspeita, são adotados procedimentos de fiscalização com vistas a irregularidades criminais".
Sobre o licenciamento, a PM ainda disse que existe uma ordem de serviço determinando que, no prazo de 30 dias após o vencimento, deve ser apenas recolhido o documento e realizada a autuação.
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