Choro e filas marcam último dia de funcionamento do Playcenter

Milhares de "fãs" lotam neste domingo o Playcenter, na zona norte de São Paulo, em seu último dia de funcionamento após 39 anos de operação. Há espera em todos os brinquedos, mas nas atrações mais radicais --como Looping Star, Evolution e Túnel do Terror-- as filas ultrapassam cem metros.
O clima é de emoção e de despedida entre funcionários e frequentadores. Pela manhã, na abertura do parque, muitos funcionários choraram. Para marcar o dia, a direção distribuiu broches comemorativos.

Adeus, Playcenter

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Adriano Vizoni/Folhapress

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Wave Swinger, uma das atrações do parque

Maior parque de diversões da cidade de São Paulo, o Playcenter encerra às 19h de hoje suas atividades para dar lugar a um novo parque, totalmente voltado para o público infantil. A previsão é que ele seja aberto em 2013, inaugurando a tendência de parques para crianças acompanhadas de seus pais.

Aberto em julho de 1973, o Playcenter recebeu 60 milhões de visitantes. Nesses 39 anos, brinquedos, shows e outros eventos atraíam o público.

Em 1984, por exemplo, os meninos porto-riquenhos dos Menudos enlouqueceram adolescentes no parque. Em 1988, "monstros" começaram a circular pelo Playcenter. Faziam parte do "Noites do Terror", espécie de festa durante a qual o parque ficava aberto à noite. Também abrigou duas edições do Festival Planeta Terra, de música.

Em 1993, até Michael Jackson (1958 -2009) fez visita ao local, que ficou fechado para ele e amigos.

Com o fechamento do Playcenter, vão restar entre os grandes parques do setor apenas o Hopi Hari (a cerca de 70 quilômetros de São Paulo) e o Beto Carrero World (em Santa Catarina). (LAURA CAPRIGLIONE)