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quinta-feira, 7 de março de 2013

Após 17 anos, filha encontra corpo do pai em laboratório universitário


 Após 17 anos de buscas pelo paradeiro do pai, a auxiliar administrativa Solange Brito, 38, teve uma surpresa ao descobrir que Osvaldo Brito estava morto há oito anos e que seu corpo fora levado para estudos no laboratório de anatomia e necropsia da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), em Cascavel (a 498 km de Curitiba).

A família reside em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba, e desde a separação ocorrida em 1996 tentava localizar Brito, que inicialmente teria ido morar no litoral paranaense, mas nunca fora encontrado por lá.

Solange diz que as buscas foram "meio desnorteadas", pois recebia informações diferentes sobre o possível destino do pai. "Eu tinha informação que ele teria ido para a Argentina", afirma.
A descoberta sobre a morte de Brito, em 2005, aconteceu após a filha pedir a uma prima de Maringá para auxiliar na tentativa de localização. "Sempre pensei que iria encontrá-lo vivo", declara.

Em uma busca rápida na internet a prima descobriu que o corpo de um homem com o mesmo nome do pai de Solange havia passado pelo IML (Instituto Médico Legal) de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná.

Brito residia sozinho em uma casa em Santa Izabel do Oeste, onde foi encontrado morto aos 54 anos. Segundo a filha, o IML constatou que ele estava pneumonia, mas também sofreu um infarto. Como ninguém reclamou o corpo, o IML, com autorização judicial, fez a doação para a Unioeste, onde há cerca de 20 cadáveres usados para estudos por alunos de seis cursos diferentes.


José Carlos Cintra, técnico em anatomia e necropsia da Unioeste, disse que todo o procedimento de doação obedeceu as normas legais. Estudantes haviam dissecados os membros inferiores e superiores, abdome e tórax, mas o rosto estava intactoA família não vê problemas de a universidade ter usado o cadáver para estudos nos últimos oito anos e, segundo a filha, a conservação do rosto ajudou no reconhecimento.

Solange encontrou o pai na última sexta-feira (1) e, no dia seguinte (2), o corpo foi enterrado em Campo Largo. 
Gláuçia Lima

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