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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vacina ampliada para os 29 anos

Hepatite B
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FOTO: DIVULGAÇÃO
Segundo a Sesa, entre a população de 21 a 24 anos do Estado, no ano passado, apenas 35% do total compareceram aos postos de saúde para se proteger e evitar a doença que, no Brasil, atinge cerca de dois milhões de pessoas
Entre os adultos de 21 a 24 anos, a cobertura de imunização da doença, na rede municipal, ficou apenas em 35% do total
Até pouco tempo, somente os adultos, até os 24 anos, estavam no grupo prioritário para se imunizar contra a hepatite B. A partir deste ano, preocupado com a baixa adesão dos jovens nas últimas campanhas de vacinação, o Ministério da Saúde amplia a faixa etária para 29 anos, além dos grupos de risco como as gestantes, manicures, caminhoneiros, bombeiros, policiais, doadores de sangue e coletores de lixo.

Só em 2011, 61 pessoas adquiriram a doença no Ceará, número inferior a 2010, com 151 notificações registradas pela Secretaria de Saúde (Sesa). Prova do pouco compromisso da juventude com a prevenção é a cobertura da vacinação. Entre a população de 21 a 24 anos, no ano passado, apenas 35% do total compareceu aos postos de saúde para se proteger e evitar a doença que, no Brasil, atinge cerca de dois milhões de pessoas que sofrem com problemas no fígado.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para ampliar a vacinação serão gastos R$ 45 milhões. De acordo com ele, com o aumento da faixa etária, o governo pretende prevenir o surgimento de casos principalmente entre gestantes. Dados apresentados ontem pelo Ministério da Saúde mostram que, de 1999 a 2010, foram identificados 307.446 casos de hepatites virais no Brasil. Deste total, 56,5% foram hepatites dos tipos B e C. Dos mais de 104 mil casos registrados no período, 12.261 foram contraídos por grávidas.

Para a presidente da Associação Cearense de Portadores de Hepatite (ABC Vida), Agrimeire Leite, essa ampliação é muito bem vinda e era, segundo ela, uma demanda antiga dos movimentos sociais. "A nossa luta agora é para que o poder público aumente a visibilidade das campanhas e faça os jovens comparecerem, tornarem a vacina algo cultural, do cotidiano", afirma.

Para a funcionária dos Correios, Carolina Pantaleão, 26, muitos ainda desconhecem que a imunização exista e esteja, sim, disponível gratuitamente.

"Eu até fui me vacinar. Tomei a primeira dose, mas, quando fui tomar a segunda, disseram que eu já estava fora da faixa etária liberada. É muita desorganização que acaba desestimulando a gente", critica Carolina. O auxiliar administrativo Marcel Cabral, 34, está fora da idade, mas foi ao serviço médico ´brigar´ por uma vacina. "Eu queria muito tomar, mas tive que insistir bastante. A gente que é jovem convive sempre com riscos", diz.

A assessora técnica de imunização de Fortaleza, Renata Dias, comemora a ampliação e diz que a adesão das próximas campanhas será bem maior em 2012.

IVNA GIRÃOREPÓRTER

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