Telenovelas brasileiras têm sido sinônimo de visibilidade para artistas locais. Atualmente, quatro trilhas estão no ar
A música da jerimunlândia tem invadido as novelas da TV brasileira. Três potiguares são autores de trilhas sonoras de novelas atuais. Duas são consagradas pela mídia nacional: Roberta Sá e Marina Elali. E o terceiro, um paraibano de família natalense e radicado na província cascudiana desde 2000, Erick von Sohsten. Na recém finalizada novela Araguaia, o potiguar Babal teve sua canção O amanhã é distante interpretada por Zé Ramalho.
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Talvez o sucesso mais emblemático tenha sido do potiguar nascido em Olho D'água dos Borges. Difícil saber quem é? Basta tocar: "Você não vale nada, mas eu gosto de você..." e a imagem de Norminha vem à lembrança, junto com o nome de Dorgival Dantas. Mas apesar do momento inédito à música de Poti, a história das trilhas sonoras de novelas já ouviu mais de 25 canções potiguares. E essa história começou em 1979, na novela global Marrom Glacê.
Alguém deve lembrar da música cujo refrão dizia assim: "Eu queria ter na vida simplesmente/ Um lugar de mato verde/ Pra plantar e pra colher/ Ter uma casinha branca de varanda/ Um quintal e uma janela/ Para ver o sol nascer". Foi nessa Casinha branca, canção do potiguar Gilson, onde nasceu a história potiguar nas trilhas sonoras de novela. A música era tema de Otávio (Paulo Figueiredo), na novela de Cassiano Gabus Mendes.
Gilson emplacaria no ano seguinte a música A mesma porta, na novela Plumas & Paetês, também de Cassiano Gabus Mendes. Nesta mesma novela, outro potiguar, Gilliard, interpretaria a canção Fracasso, de Fagner. Gilson seria convidado mais uma vez, em 1998, para trilha de novela. E Gilliard se transformaria no potiguar com maior número de trilhas em novelas. Foram sete ao total, com seis participações globais e uma novela no SBT.
As informações foram colhidas no Instituto Leide Câmara. Segundo a pesquisadora, Gilliard participaria também da trilha das novelas Final Feliz (1982), Pão Pão Beijo Beijo (1983), Champagne (1983/1984), Partido Alto (1984), Festa dos Insetos (1984, pelo SBT), e Cambalacho (1986). Se novelas são vitrines para hits, em nenhuma delas figuraram seus maiores sucessos: Aquela nuvem, Pouco a pouco, Não diga nada e Pensamento.
Diário de Natal
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