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sábado, 14 de maio de 2011

Queda na produção eleva preço do sal no mercado interno



Economia.
As chuvas que caíram nos últimos meses reduziram a produção de sal no Rio Grande do Norte e elevaram o preço do produto no mercado interno. Nos últimos 90 dias, o preço do fardo de sal refinado (com 30 sacos de 1 kg), vendido para os supermercados, subiu 31,5%, passando de  R$9,50  para R$12,50. Apesar do aumento, Airton Torres, vice-presidente do Sindicato da Indústria de Extração de Sal do RN (Siesal), diz que o impacto no bolso do consumidor final é pequeno. “Por mais que aumente de preço, o consumidor não vai sentir muito. No orçamento doméstico, o sal pesa pouco”, afirma.
alex fernandesO volume produzido no Estado tem reduzido com as chuvas, que diminuem a taxa de evaporaçãoO volume produzido no Estado tem reduzido com as chuvas, que diminuem a taxa de evaporação
Não foi só o preço do sal de cozinha que subiu nos últimos três meses. O do sal moído (usado na pecuária) e o grosso, destinado para o beneficiamento, também. Nos últimos três meses, o saco com  25kg de sal moído passou de

R$4,80 para R$6,00, enquanto 1 tonelada de sal grosso in natura passou de R$120 vai para R$180. A exceção foi o sal exportado através do Porto Ilha, em Areia Branca, que não sofreu alteração. A tonelada continua saindo do porto por R$60 reais.

A tendência é que os preços subam ainda mais se continuar chovendo na região salineira. “Quanto mais longo o período chuvoso, menor a produção e maior o preço do sal”, explica Airton. A exemplo do que ocorreu em 2010, a produção está caindo. No ano passado, a produção caiu 15% em função das chuvas. “Não sei se o estado vai recuperar esta perda”, admite o vice-presidente do Siesal. Apesar da redução, o sindicato garante que não haverá desabastecimento no mercado interno. “Pode haver diminuição da oferta, mas desabastecimento não”, assegura Airton Torres.

O sindicato ainda não sabe precisar em quanto a produção vai cair se o período chuvoso se prolongar. “Como está chovendo muito na região salineira, a expectativa é que a produção caia, e por isso, o preço sobe. É cedo para levantar estes números”. As informações, segundo ele, começarão a ser levantadas a partir de junho. “Só conseguimos fazer esta análise em junho, quando geralmente para de chover”, complementa. As chuvas diminuem a taxa de evaporação e atrasam o processo. “O sal é produzido por evaporação solar. Os produtores coletam água do mar, colocam na salina e esperam a água doce evaporar”, explica.

Mercado

O setor salineiro potiguar é responsável por quase 96% da produção nacional. O RN destina boa parte da produção para o mercado interno. Apenas 15% sai do País. No ano passado, o Rio Grande do Norte exportou o produto para países como a Nigéria, Estados Unidos, Uruguai e alguns países da Europa. Nos Estados Unidos e na Europa, o sal é usado na indústria. Na África, é usado na alimentação humana e no Uruguai tanto na indústria, quanto para o consumo humano e animal.

A quantidade exportada têm oscilado entre 500 mil toneladas ano e 900 mil toneladas ano. O setor emprega 15 mil pessoas diretamente no Rio Grande do Norte, com investimentos concentrados principalmente em Mossoró, Areia Branca, Grossos, Macau, Guamaré e Galinhos.

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