Aneel anuncia reajuste na tarifa de 5 elétricas

DE SÃO PAULO

A Aneel anunciou ontem o reajuste tarifário de cinco das 65 distribuidoras do país. Esse grupo conhece agora qual a redução final da conta de luz para o consumidor residencial (chamado no jargão do setor elétrico como B1).

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Os clientes da Borborema, empresa controlada pelo Grupo Energisa --empresa que atende 150 mil clientes na Paraíba--, recebeu ontem autorização da Aneel para um reajuste de 7,17% a partir de 4 de fevereiro.
Esse aumento na tarifa do consumidor residencial vai abater o corte tarifário anunciado pelo governo federal no último dia 24. No caso da concessionária, 18%.
Uma conta de luz de R$ 100 para um consumidor residencial teria um desconto de 18%, o que resultaria num valor de R$ 82. Com o reajuste de 7,17% (aplicado sobre essa base), esse consumidor pagará agora R$ 87,80. No final, a redução real de tarifa será de 12,2%.
Esse princípio deve ser aplicado para todos os demais casos, ao longo de todo o ano, conforme os reajustes da Aneel forem sendo anunciado. Em alguns casos, o desconto aumenta, em outros, diminui.
Entre as quatro concessionárias do Grupo CPFL, que também passaram pelo processo de reajuste ontem, duas terão desconto maior do que o anunciado no dia 24 e duas terão desconto menor.
A Jaguari, empresa que atende 34 mil consumidores, e a Santa Cruz, que atende 190 mil clientes, terão redução maior do que a anunciada pelo governo.
Além do corte da tarifa em 18,34% para a Jaguari e de 19,66% para a Santa Cruz, a Aneel decidiu por nova redução para os consumidores residenciais. Esse grupo de consumidores terá ainda tarifa 4,29% menor na Jaguari e 8,77% inferior na Santa Cruz. Para os consumidores industriais, o efeito foi inverso.
No caso das distribuidoras Mococa e CPEE --também controladas pelo Grupo CPFL--, os clientes residenciais verão uma pequena redução no corte da tarifa anunciada pelo governo.
Isso porque a Aneel anunciou ontem um aumento para consumidores residenciais B1: de 1,84% para a Mococa e de 0,45% para a CPEE.
Esse aumento decidido no âmbito do processo de reajuste tarifário, pelo qual passam todas as distribuidoras, diminui um pouco o efeito do corte tarifário global anunciado pelo governo federal, de 20,92% para a Mococa e de 23,38% para a CPEE.
REVISÃO TARIFÁRIAA diretoria da Aneel também anunciou ontem as audiências públicas para a revisão tarifária da Cemig, CPFL, Enersul (MS) e Cemat (MT). As audiências de Cemig e Enersul acontecem dia 28 de fevereiro. A CPFL tem audiência dia 27 de fevereiro e a Cemat, em 1º de março.
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ENTENDA A CONTA DE LUZ1. A tarifa de luz não foi reduzida pelo governo?Sim. O corte foi de, na média, 18% para residências e 32% para indústrias. Cada distribuidora teve um valor de redução (consulte o seu em folha.com/no1219933)
2. A partir de quando vale essa redução?A nova tarifa, com a redução, foi aplicada sobre o consumo a partir de 24/1
3. Por que a tarifa está mudando agora?A cada quatro anos as conces-sionárias passam por revisão tarifária: seus custos são reavaliados. Nos três anos seguin-tes, a Aneel concede reajustes. Assim, todas as tarifas vão mudar (cair ou subir) neste ano
4. Quando será o reajuste da minha conta de luz?Consulte todas as datas aqui.
p(star). *