Três homens invadiram, na manhã de ontem, o Edifício Porto Fino, localizado na esquina das ruas Canuto de Aguiar e Visconde de Mauá, no Meireles, assaltaram e fizeram moradores e empregados reféns. A ação criminosa começou por volta de 9 horas, quando o taxista Cícero Gonçalves de Oliveira, 29, chegou ao local sem levantar suspeitas e rendeu o porteiro e o zelador.
Reféns
Em seguida, os comparsas dele, João de Deus Santos Rocha, e Raimundo Ilton de Souza Almeida, ambos de 22 anos, entraram e se dirigiram ao 12º andar. No apartamento, João de Deus e Raimundo Ilton renderam a empregada, Lidiane Siqueira, e os vidraceiros Leandro Peixoto e Mateus Cunha. Além de vários objetos de valor que estavam no imóvel, os bandidos roubaram pertences dos homens que foram trocar os vidros de uma janela.
Após pegarem os objetos, os dois desceram pelo elevador. Cícero Gonçalves, que permaneceu na portaria, não percebeu a fuga do zelador. Ele foi o primeiro a ser preso. A dupla, que resolveu sair pela garagem, rendeu o médico André Castelo, que ia entrar no carro para se dirigir a um hospital particular, onde realizaria uma cirurgia.
Castelo tentou negociar com os assaltantes, dizendo que garantiria a segurança deles, mas os acusados precisavam se render. Ele acrescentou que o filho dele saiu na frente, percebeu o assalto e saiu correndo. Em poucos minutos, várias patrulhas da PM chegaram ao local e montaram o cerco. Nesse momento, os acusados já estavam na garagem do prédio fazendo o médico de refém. O pessoal que estava no apartamento ficou trancado no banheiro.
Negociação
Com o prédio cercado por policiais do Ronda, 8º BPM e do Comando Tático Motorizado (Cotam), começou uma tensa negociação que durou cerca de meia hora, até que os acusados decidissem entregar as armas e se render aos PMs. A Polícia apreendeu com eles um revólver calibre 38, uma faca e os objetos roubados dos reféns.
Na tarde de ontem, o porteiro do edifício, identificado como Pedro Emanuel Leal da Silva, acabou recebendo voz de prisão quando prestava depoimento no 2ºDP. Ele é acusado de ter participado do crime ao facilitar a entrada dos comparsas.
FERNANDO BARBOSAREPÓRTER
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