O jornalista Adelson Barbosa contou à Folhaque sua filha foi contratada pelo senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) para receber por serviços prestados por ele e outros dois colegas que por trabalharem em empresas privadas não poderiam estar na folha de pagamento do Senado.
Maria Eduarda Lucena, segundo o pai, não trabalha. Ela se diz coautora do refrão "Ai se eu te pego" e tenta na Justiça uma indenização milionária pelos direitos autorais da música que faz sucesso na voz do sertanejo Michel Teló.
O senador Vital do Rêgo disse inicialmente à Folha não se lembrar da funcionária, mas alertado de quem Maria Eduarda é filha recordou que trata-se de sua assessora. O que ela faz? "Não sei dizer."
Sobre a briga envolvendo o sucesso "Ai se eu te pego" e sua assessora, o senador afirmou que desconhecia o fato. "Esta é novidade pra mim".
Confira a seguir a entrevista com o pai de Maria Eduarda:
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Folha - Como é o trabalho da sua filha no gabinete do senador?
Adelson Barbosa - Eu faço assessoria [de imprensa] para o senador Vital do Rêgo, junto com outros dois colegas jornalistas.
Adelson Barbosa - Eu faço assessoria [de imprensa] para o senador Vital do Rêgo, junto com outros dois colegas jornalistas.
Como é o pagamento? É pela verba de representação?
O pagamento é através da minha filha, Maria Eduarda. Ele quando convidou a gente para fazer o trabalho, disse que não poderia nomear três pessoas. Ele sugeriu colocar uma pessoa e a gente divide o valor. Poderia ser no meu nome, ou no de um dos outros dois. Só que eu não podia, porque o Senado exigia não ter outro vínculo. E minha filha é estudante e sugeri que fosse no nome dela.
O pagamento é através da minha filha, Maria Eduarda. Ele quando convidou a gente para fazer o trabalho, disse que não poderia nomear três pessoas. Ele sugeriu colocar uma pessoa e a gente divide o valor. Poderia ser no meu nome, ou no de um dos outros dois. Só que eu não podia, porque o Senado exigia não ter outro vínculo. E minha filha é estudante e sugeri que fosse no nome dela.
Os seus dois outros colegas também estão na situação de ter outro vínculo?
É, não podiam.
É, não podiam.
E aí você acumula com o cargo no Correio da Paraíba?
É, eu trabalho no Correio da Paraíba.
É, eu trabalho no Correio da Paraíba.
Como é a assessoria que você presta para o senador?
É assessoria de imprensa. Recebo informação do gabinete do senador e a gente divulga nos jornais.
É assessoria de imprensa. Recebo informação do gabinete do senador e a gente divulga nos jornais.
E sua filha propriamente dita não vai ao escritório ou gabinete, quem faz o trabalho é você?
Quem faz o trabalho sou eu e meus outros dois colegas. O trabalho é de assessoria de imprensa e minha filha não é jornalista. Por exemplo, o senador está em João Pessoa e aí conversamos com ele sobre alguns assuntos e colocamos na imprensa local.
Quem faz o trabalho sou eu e meus outros dois colegas. O trabalho é de assessoria de imprensa e minha filha não é jornalista. Por exemplo, o senador está em João Pessoa e aí conversamos com ele sobre alguns assuntos e colocamos na imprensa local.
O valor é R$ 3.200?
É R$ 3.450, dá R$ 1.150 para cada um.
É R$ 3.450, dá R$ 1.150 para cada um.
Quem sugeriu de colocar a sua filha? Foi você ou senador?
O senador disse que só poderia fornecer uma vaga. Como os outros não tinham outra pessoa para colocar, eu sugeri.
O senador disse que só poderia fornecer uma vaga. Como os outros não tinham outra pessoa para colocar, eu sugeri.
E ele topou?
É. Só quero esclarecer que um trabalha numa rádio e o outro tem um blog.
É. Só quero esclarecer que um trabalha numa rádio e o outro tem um blog.
Mas você nesse trabalho publica no Correio da Paraíba?
A gente divulga de um modo geral na imprensa local.
A gente divulga de um modo geral na imprensa local.
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