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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Saldo de geração de empregos no RN e no país é negativo



Publicação: 18 de Maio de 2012 às 00:00
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Apesar de negativo, o saldo de geração de empregos no Rio Grande do Norte melhorou no primeiro quadrimestre do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Se considerado apenas o mês de abril, entretanto, houve retração, de acordo com dados divulgados ontem no Cadastro geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e emprego. 
A agropecuária é uma das que demitem, em atividades como fruticultura
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Alex RégisA agropecuária é uma das que demitem, em atividades como fruticultura

Os números  mostram que, no quadrimestre,  a diferença entre contratações e demissões foi negativa no estado - o saldo foi de -1.262 postos de trabalho. Mas o resultado foi melhor que o do ano passado no período, quando foram identificados - 2.343 trabalhadores.
Com relação a abril, houve queda de 0,01% no total de empregados do estado. No período, foram admitidos 14.719 trabalhadores e demitidos 14.771, com 52 demissões a mais que contratações. O saldo negativo foi puxado principalmente pela agropecuária e pela indústria de transformação e rendeu ao RN o segundo pior resultado para o mês, desde abril de 2003. O saldo em abril deste ano só ficou à frente do registrado em 2009, quando foram perdidos mais de 2,6 mil postos de trabalho. E dá continuidade a curva de declínio que se verificou em 2011. O saldo, que em 2010, chegou a + 1.471 empregos, em 2011 não passou de + 371 em abril.
Este ano, no período, a agropecuária demitiu 405 trabalhadores a mais do que contratou. As demissões no setor são resultado, entre outros motivos, de fatores sazonais, como a entressafra do melão, período em que a necessidade de mão de obra é reduzida. Na indústria, onde a diferença entre demissões e contratações foi de -311 postos de trabalho, as dispensas foram promovidas com mais intensidade pelas indústrias têxteis e de vestuário e também pelas indústrias química, de alimentos e bebidas, como são identificadas as indústrias que produzem álcool e açúcar no estado. A entressafra e a mecanização são dois fatores que influenciam as demissões na atividade. No caso da indústria têxtil e de confecções, dispensas da fábrica da Coteminas, em São Gonçalo do Amarante, estão entre as explicações. A empresa reduziu o quadro de pessoal porque vai transformar a área em que funciona a unidade de produção em um complexo imobiliário. Parte do pessoal tem sido transferida para a unidade que funciona em Macaíba e outra parte tem sido treinada para conseguir outras oportunidades no mercado ou no novo projeto da companhia.
Nacionalmente, os dados do Caged confirmam o fraco desempenho da economia brasileira no início de 2012. A criação de empregos com carteira assinada caiu 20% no primeiro quadrimestre, na comparação com o mesmo período de 2011.
Entre janeiro e abril deste ano, a diferença entre contratações e demissões no país resultou na geração de 702.059 postos de trabalho formais.
Apenas em abril, foram criadas 216.974 novas vagas, menor resultado para o mês desde 2009, quando o emprego sofria reflexos da crise de 2008. A criação de 1,7 milhão de empregos formais nos últimos 12 meses ainda está abaixo da previsão do governo de chegar a 2 milhões neste ano.
Apesar de estar abaixo do verificado nos últimos anos, houve recuperação do emprego em abril na comparação com os três primeiros meses de 2012, no país. Além disso, pela primeira vez no ano, todos os oito setores em que o levantamento é dividido apresentaram resultados positivos.
*Com informações da Agência Estado

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