Jô lamenta morte do filho: "Rafael foi um menino muito especial"

Da Redação (redacao@correio24horas.com.br)

31/10/2014 21:10:00 Atualizado em 31/10/2014 21:40:34

• 
  
• 
  
• 
  

O apresentador Jô Soares lamentou na noite desta sexta-feira (31) a morte do filho Rafael. Ele agradeceu os ensinamentos que o filho trouxe e disse que chegou o "momento de passagem" para ele. 

"Rafael foi um menino muito especial, que veio ao mundo para nos ensinar tanta coisa. Devido ao autismo, permaneceu um menino. Nosso menino. E, nesses 50 anos, como nos ensinou... a mim e a Teresa. Ele já estava lutando, com a serenidade dele, há mais de um ano. E agora chegou o momento da passagem. Tenho certeza que ele viveu plenamente, da forma dele, o tempo que esteve conosco", disse Jô em nota divulgada à imprensa. 

Rafael morreu nesta sexta-feira aos 50 anos de idade. Ele lutava contra um câncer no cérebro e estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, desde a quinta-feira. Jô chegou ao hospital sem falar com a imprensa. Ele chegou a rezar na capela da unidade médica.

Rafael e Jô (Foto: Reprodução/Rede TV)

O velório de Rafael será na manhã do sábado no Memorial do Carmo e a cerimônia de cremação acontecerá às 16h.

Rafael era autista. Ele nasceu em 1964 do casamento de JÔ com Teresa Austregésilo, com quem ele foi casado por 20 anos. Teresa deixou o hospital no fim da tarde de hoje muito abalada, em uma cadeira de rodas.  Em 2011, em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, ele falou sobre o filho, comparando-o com o personagem de Dustin Hoffman no filme "Rain Man".

"Tenho um filho autista, que tem ouvido absoluto -- você joga um prato no chão e ele (identifica a nota): 'si bemol'. É um pouco o retrato que o Dustin Hoffman pinta no 'Rain Man'. Ele toca piano, mas abotoar a camisa diz que é muito difícil, muito complicado. Só que a fixação que o 'Rain Man' tinha com a televisão, ele tem com o rádio. No quarto dele tem uma rádio montada. E quando ele se apaixona por alguém, ou cisma com uma música que ele acha que é adequada para a pessoa, a vizinhança 'sofre', porque aquilo fica rodando 24 horas. 'Rafael, muda essa música, pelo amor de Deus!' (gritando)", contou o apresentador.