Polícia registra 189 mortes nas estradas do país no Carnaval
A contratação de 2.696 equipamentos para flagrar excesso de velocidade, avanço de semáforo vermelho e parada sobre a faixa de pedestre foi firmada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em dezembro de 2010.
O funcionamento deles, porém, só é previsto para começar nos próximos dias.
A justificativa é a necessidade de estudos técnicos e aferições. Pelo contrato, válido por cinco anos, as empresas terão até 24 meses para completar a instalação de todos os radares e lombadas.
Alessandro Shinoda-9.mar.2011/Folhapress | ||
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Movimento na Imigrantes altura do Km 50 no sentido SP; radaresa voltam a funcionar nas rodovias federais |
A interrupção dos serviços é citada por especialistas como um agravante para os acidentes e mortes nas estradas. O país deve atingir em 2011 os maiores índices de violência registrados pela Polícia Rodoviária Federal em Carnavais de oito anos para cá.
O balanço até a 0h de ontem somava 189 mortes, 32% mais que no feriado completo de 2010 (a estatística ainda subirá porque falta computar os casos até a 0h de hoje).
Os novos equipamentos de fiscalização eletrônica atingem as rodovias que seguem sob administração federal -e não as privatizadas, que representam 7% da malha.
Desde que as lombadas do Dnit foram desligadas, em 2007, a fiscalização eletrônica nas estradas federais depende de poucos e obsoletos aparelhos da Polícia Rodoviária, além de radares em rodovias privatizadas fornecidos por concessionárias.
A PRF tem só 80 radares móveis e 500 portáteis --em formato de pistola, muitos com problemas e hoje só usados em casos excepcionais. Para piorar, a instituição teve queda de contingente --de mais de 10 mil, há três anos, para os atuais 9.100.
Dados do Dnit já apontaram redução de 69% de mortes onde houve a instalação das lombadas dez anos atrás.
Após elas serem desligadas, duas tentativas de novas contratações fracassaram. A última licitação foi lançada em 2009 e previa os radares em fevereiro de 2010 --mas só agora eles vão operar.
a Folha
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