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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O MENINO E O NATAL

EXPLIQUEMOS O NATAL
Sempre que o Natal se aproxima, já sei que ouvirei pregadores,radialistas, locutores, artistas,e pessoas religiosas a desejar as bênçãos do Menino Jesus sobre os ouvintes e amigos. A intenção é boa e bonita mas a frase não explicada trai a idéia de que Jesus ainda é menino. Aconteceu de novo no último Natal e vai acontecer nos próximos. É que a expressão incorporou-se no linguajar da festa e teima em re-aparecer, sem nenhuma explicação adenda.
Fica, no povo simples, a quem não foi dada escola, nas crianças e a quem não é cristão, a idéia de que cremos num Jesus que não cresceu, ou que todo fim de ano volta a ser menino. Uma simples colocação do verbo no passado ajudaria a esclarecer tudo e mudaria a linguagem dos religiosos para melhor, ou, no mínimo, para a clareza: “Jesus, que foi menino”. “Feliz Natal com aquele que um dia foi Jesus Menino”… Quando lembramos Jesus no colo de Maria, usamos de simbologia belíssima, mas que precisa ser explicada, porque muita gente não consegue sair do imaginário e cair na realidade.
A realidade é que aquele doce e pobre menino ali representado num berço de palhas, ficou adulto, disse verdades que sacudiram a História, foi perseguido, morto e sepultado, ressuscitou, subiu aos céus como adulto e nunca mais voltou a ser menino, porque no céu não se regride á infância! Não existe mais o Menino Jesus. O que existe é a memória de Jesus menino, catequese de fortíssima pedagogia que pode nos ajudar a celebrar o mistério da vida e o direito e o dever de acolhê-la! A Igreja vai fundo na festa do Natal, que lembra diálogo de Deus com a humanidade, colo, aconchego e fraternidade universal. São Francisco de Assis criou, segundo se afirma, o primeiro presépio do mundo. Bem do jeito dele, encheu o Natal de singeleza e solidariedade, porque imagens não falam, mas recordam.
É memória projetada no presente. Falemos, não do “Menino Jesus”, mas do “Jesus que foi menino”. É que ele cresceu e voltou ao Pai. Mas nem é mais menino, nem está “sentado” “à direita” de Deus. São expressões que precisam ser explicadas, senão outra vez ouviremos, Natal após Natal, missa após missa expressões que nunca ninguém explica e tudo fica por isso mesmo. Jesus merece! Os fiéis precisam!

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