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sábado, 11 de fevereiro de 2012

Kassab é vaiado na festa de 32 anos do PT em Brasília





 

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi bastante vaiado e passou por constrangimento sob os gritos de ‘fora’ quando teve seu nome anunciado durante as comemorações de 32 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), que acontece nesta sexta-feira no auditório do Centro de Convenções Brasil 21, na capital federal.

O PT e o PSD vêm travando negociações para uma possível aliança na eleição municipal de São Paulo, o que desagrada muitos petistas, inclusive a senadora Marta Suplicy (SP). Ele foi a única pessoa vaiada no evento comemorativo. Além dele, estão presentes a presidente Dilma Rousseff, a maioria dos ministros do PT, e os governadores Agnelo Queiroz (DF) e Marcelo Déda (Sergipe), deputados, senadores e dirigentes partidários.

Marcaram presença também o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, e o deputado cearense Mauro Benevides, representando o PMDB. Mais cedo, quando apareceu no local onde a festa é realizada, Kassab não quis falar com a imprensa e disse que conversaria na saída.

O ex-deputado, ex-presidente do PT e réu no processo do mensalão, José Dirceu, foi, por outro lado, a pessoa mais ovacionada. Depois da entrada de todos, foi executado hino "Internacional Socialista", mas a grande maioria dos dirigentes e líderes petistas não cantou a canção. A exceção foi o governador sergipano.

Kassab, que foi convidado para o grande momento da festa, o ato final que contará com presença e discurso da presidente Dilma Rousseff, chegou no local do evento no início da noite desta sexta-feira, o que poderá aumentar o constrangimento de muitos petistas.

A senadora Marta Suplicy (PT-SP), por exemplo, desistiu de participar do encontro, embora esteja em Brasília. Na véspera, Marta disse ter o direito de não mergulhar de cabeça na campanha municipal em São Paulo, uma vez que corria o "risco de acordar de mãos dadas num palanque com Kassab". Ela tinha intenção de disputar a prefeitura, foi preterida para dar lugar ao ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, o preferido do ex-presidente Lula.

Haddad, que chegou ao evento por volta das 18h30, não quis comentar as declarações de Marta.

Ausente na festa de comemoração dos 32 anos de fundação do PT - que contou com a presença do prefeito paulista Gilberto Kassab - Marta encaminhou uma carta para a militância petista, reiterando indiretamente seu desconforto com as negociações em curso para que o PSD de Kassab apoie a candidatura do petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura de São Paulo.

"Foram três décadas de lutas e conquistas do PT, com grandes avanços sociais que irá marcar o país para sempre. Espero que estejamos sempre fortes e unidos pelas próximas décadas, oferecendo ao Brasil um governo com responsabilidade social acima de tudo. Sempre conseguimos fazer valer nossas histórias e é fundamental seguirmos avançando nas conquistas sociais, sem abrir mão de nossos princípios. O anseio da população que viu no partido uma janela para um Brasil mais justo para todos. É o que nos trouxe e nos mantem no poder", escreveu a senadora em sua nota, que foi lida na abertura da festa petista.

Rui Falcão diz que PT não pode sucumbir às ‘alianças fáceis’

A possível aliança entre o PT e o PSD para a disputa pela sucessão do prefeito paulistano, Gilberto Kassab, é o assunto que mais incomoda grande parte dos petistas. Evitando falar especificamente sobre a aliança em discussão em São Paulo, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, manifestou sua opinião sobre o processo de aliança em discurso que fez no final da reunião plenária com prefeitos e deputados petistas.- É importante que não sucumbamos à aliança fácil, que quebra a nitidez do nosso programa.

Foi entendido pelos próprios petistas como um alerta sobre as ofertas de apoio feitas por Kassab para participar da coligação petista do candidato Fernando Haddad.

Para tucanos, PT faz aniversário "comemorando privatização"

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), afirmou nesta sexta-feira que o PT comemora aniversário envolto em contradições. Segundo ele, assim como o partido nega a existência do mensalão, faz um jogo de palavras “para escapar do constrangimento de admitir que se rendeu à privatização”.

Ele lembrou que, quando o PT estava na oposição ao governo Fernando Henrique Cardoso, a sigla fez críticas à política adotada pelo ex-presidente – e, nos dias atuais, comandou a privatização dos aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília. “O PT faz aniversário comemorando privatização”, diz Sérgio Guerra em nota.

Da Agência O Globo

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