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quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Revista espanhola publica charge que faz referência ao profeta Maomé


A revista espanhola de sátira política "El Jueves" publicou uma charge do profeta Maomé em sua capa, em meio aos protestos em países de maioria muçulmana por um vídeo americano e caricaturas de uma revista francesa.
Na última edição do semanário, que chegou às bancas na quarta-feira, o desenho mostra vários muçulmanos em uma fila da polícia sob o título "Mas... alguém sabe qual a aparência de Maomé?".
Reprodução
Capa da revista "El Jueves", que pergunta: "Mas...alguém sabe como é Maomé?"
Capa da revista "El Jueves" desta quarta-feira, que pergunta: "Mas...alguém sabe como é Maomé?"
Qualquer representação do profeta é considerada uma blasfêmia pelos muçulmanos, mas a questão também gerou um debate no Ocidente sobre censura e liberdade de expressão.
Em entrevista ao portal Huffington Pst, a editora Mayte Quilez disse que a revista tomou a decisão de assumir uma posição humorística sobre uma questão polêmica. "Se você não pode retratar Maomé, como você sabe que é ele nas caricaturas?", disse.
Depois da chegada da revista às bancas espanholas, a Chancelaria do país emitiu um comunicado a seus cidadãos no Egito pedindo cuidado em caso de eventual reação dos islâmicos, mas negou que aumentará a segurança nas representações em países árabes.
"Ainda estamos analisando quais medidas serão tomadas", afirmou uma fonte no ministério de Relações Exteriores à agência de notícias Reuters.
PROTESTOS
Na semana passada, a revista satírica francesa "Charlie Hebdo" publicou charges do profeta Maomé logo após os protestos contra o filme "A Inocência dos Muçulmanos", produzido nos Estados Unidos e revelado no dia 11.
O vídeo desatou uma onda de protestos violentos em mais de 30 países de maioria muçulmana, que obrigaram a franceses e americanos a reforçarem a segurança em suas representações.
Em meio às manifestações, o embaixador norte-americano na Líbia, Christopher Stevens, e outros três funcionários da missão diplomática foram mortos no consulado de Benghazi, na Líbia, no dia 11.
Na sexta (21), outras 15 pessoas foram mortas em protestos no Paquistão, na sexta-feira passada. Desde o início das ações, dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas.

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