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O número de mulheres em prisões de Mato Grosso aumentou 174% nos últimos cinco anos e representa 11,2% da população carcerária do Estado, segundo o Ministério Público Estadual (MPE). Na única unidade prisional exclusiva para mulheres no Estado, o presídio Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, estão presas 400 mulheres, mas o número ideal não deveria passar de 200.
Ontem, a Promotoria de Justiça Especializada no combate à Violência contra a Mulher inspecionou a unidade. Entre os problemas encontrados além da superlotação está a deficiência da estrutura física e ausência de ocupação para todas as reeducandas.
A diretora da unidade prisional, Fabiana Maria Auxiliadora da Silva Soares, afirmou que, “mesmo enfrentando problemas de superlotação, o presídio desenvolve projetos para reintegrar as reeducandas à sociedade”. Ela também destacou que a unidade passa por reformas para atender a crescente demanda, pois recebe mulheres de vários municípios.
Para a promotora de justiça Lindinalva Rodrigues Dalla Costa, o desenvolvimento de projetos voltados à capacitação em presídios é de extrema importância. “Em locais de privação da liberdade, projetos que permitem a capacitação e o trabalho das reclusas são importantes ferramentas para a construção de oportunidades às mulheres e pode abrir as portas para um futuro diferente para elas”, disse.
De acordo com o promotor de justiça Célio Wilson, o Ministério Público vem acompanhando os problemas do presídio feminino e está trabalhando em alternativas para melhorar as condições físicas e laborais da unidade. Ele afirmou que, embora haja capacitação dentro da unidade, muitas outras mulheres ainda não têm ocupação.
F. Diario de Cuiabá 10:13
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