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Um detendo brasileiro do grande centro penitenciário de Rebibbia, ao norte de Roma, estava entre os 12 detentos que participaram do ritual do lava-pés celebrado nesta Quinta-feira santa pelo Papa Francisco.
Além do brasileiro, cujo nome não foi divulgado pelas autoridades penitenciárias, outros cinco homens e seis mulheres tiveram seus pés lavados pelo Papa, que repete todos os anos o gesto de Jesus antes de morrer na Cruz. Francisco manteve a prática de fazer o ritual com presos, assim como o realizava quando era arcebispo de Buenos Aires.
Francisco imitou assim o ato de humildade de Jesus Cristo com seus apóstolos na Última Ceia, antes de ser preso, condenado à morte e crucificado no dia seguinte em Jerusalém.
“Jesus era um escravo para nos servir, curar-nos e purificar-nos”, declarou o Papa na capela de Rebibbia a 150 mulheres, incluindo quinze mães com seus filhos, e 150 homens. O pontífice quebrou o protocolo do Vaticano ao incluir mulheres e não católicos.
Em seguida, Jorge Bergoglio se ajoelhou diante de cada um dos doze presos, homens e mulheres misturados, despejando água com um jarro em seus pés, secando com uma toalha, antes de beijá-los.
Para as mulheres, duas nigerianas, uma congolesa, uma equatoriana e duas italianas, e para os homens, quatro italianos, um brasileiro e um nigeriano, foram escolhidos. O filho de dois anos de uma detenta africana também teve seus pés lavados pelo Papa.
“Quando Jesus lava os pés, ele nos lava por completo, nos purifica. Eu também preciso ser lavado pelo Senhor. Orem para que ele também lave as coisas sujas que estão em mim!”, disse em sua homilia.
Em sua chegada à prisão, ele abraçou e apertou as mãos, abençoando rosários ou fazendo o sinal da cruz na testa de cerca de três centenas de prisioneiros.
Poucas semanas depois de sua eleição, em 2013, o Papa argentino passou a Quinta-feira Santa em um centro de detenção para menores nos arredores de Roma. Ele lavou os pés dos prisioneiros de ambos os sexos, incluindo de uma muçulmana.
O Papa argentino já tinha o hábito de visitar prisioneiros em Buenos Aires e mantém esse costume na função de Pontífice máximo da Igreja Católica.
Nesta Sexta-feira Santa ele participa da Via Sacra. No evento, dois brasileiros serão saudados pelo Papa na terceira das 14 estações.
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