Os médicos são acusados também de realizarem procedimentos de esterilização feminina (laqueadura de trompas) sem observância de parâmetros legais, o que é crime. A prisão preventiva tem o objetivo de impedir que os médicos pratiquem novos crimes e, ao mesmo tempo, garantir segurança à população que necessita de atendimento médico.
De acordo com o procurador da República em Jales, Thiago Lacerda Nobre, autor da denúncia, o MPF apurou que grávidas sem condições de pagar pela cesárea tiveram o parto atrasado e, em pelo menos dois casos, os bebês nasceram mortos.
Caso o pedido de prisão preventiva seja negado, o procurador quer o afastamento dos médicos de suas funções públicas. “Mantê-los trabalhando poderá ensejar a prática de novos delitos similares, o que pode por em risco a vida e a saúde de diversos pacientes que vierem a ser atendidos por esses profissionais”, disse o procurador da República em Jales.
As investigações começaram há cerca de dois anos a partir de denúncias de pacientes. Os médicos tinham uma tabela que girava em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por cirurgia.
Denúncias/ Todos os médicos foram denunciados por concussão, que é quando funcionário público cobra para fazer algo que já é sua função e para o qual é remunerado pelo Estado. Alguns médicos foram denunciados por estelionato qualificado, falsidade ideológica e pela realização de laqueadura de trompas sem observância das prescrições legais. Dois profissionais são processados ainda por crime de aborto.
Nenhum dos oito médicos citados na reportagem foi encontrado nesta terça-feira à tarde pelo BOM DIA para falar sobre as acusações.
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