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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

MPF pede prisão de oito médicos de Jales

Profissionais são acusados de cobrar por cirurgias realizadas pelo SUS e ainda pelo crime de aborto Luciano Moura
luciano.moura@bomdiariopreto.com.br

O Ministério Público Federal em Jales pediu à Justiça Federal a prisão preventiva de oito médicos, acusados de cobrança indevida de cirurgias feitas oficialmente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). São eles: Emerson Algério de Toledo, Dalton Melo Andrade, Valdo Custódio Toledo, Luiz Gonzaga Mendes Vieira, Márcio Lois, Vincenzo Biagio Magliano, Décio Ribeiro de Assunção Júnior e Vicente Cristiano Neto.

Os médicos são acusados também de realizarem procedimentos de esterilização feminina (laqueadura de trompas) sem observância de parâmetros legais, o que é crime. A prisão preventiva tem o objetivo de impedir que os médicos pratiquem novos crimes e, ao mesmo tempo, garantir segurança à população que necessita de atendimento médico.
De acordo com o  procurador da República em Jales, Thiago Lacerda Nobre, autor da denúncia, o MPF apurou que grávidas sem condições de pagar pela cesárea tiveram o parto atrasado e, em pelo menos dois casos, os bebês nasceram mortos.

Caso o pedido de prisão preventiva seja negado, o procurador quer o afastamento dos médicos de suas funções públicas. “Mantê-los trabalhando poderá ensejar a prática de novos delitos similares, o que pode por em risco a vida e a saúde de diversos pacientes que vierem a ser atendidos por esses profissionais”, disse o procurador da República em Jales.

As investigações começaram há cerca de dois anos a partir de denúncias de pacientes. Os médicos tinham uma tabela que girava em torno de R$ 1 mil a R$ 1,5 mil por cirurgia.

Denúncias/ Todos os médicos foram denunciados por concussão, que é quando funcionário público cobra para fazer algo que já é sua função e para o qual é remunerado pelo Estado. Alguns médicos foram denunciados por estelionato qualificado, falsidade ideológica e pela realização de laqueadura de trompas sem observância das prescrições legais. Dois profissionais são processados ainda por crime de aborto.
Nenhum dos oito médicos citados na reportagem foi encontrado nesta terça-feira à tarde pelo BOM DIA para falar sobre as acusações.

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